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Instruções de Nicolás
(curador do Centro Aurora) a Trigueirinho
Segundo a Hierarquia, uma das metas a ser cumprida a curto prazo é a implantação de grupos de trabalho que estejam de prontidão, em diferentes pontos do planeta. A função desses grupos é principalmente o serviço, tendo em vista a situação crítica na qual a superfície da Terra está mergulhada. Cada indivíduo que os integra tem como tarefa o aprimoramento de sua própria existência, o que se refletirá na qualidade do serviço que possa prestar nos momentos de caos que se anunciam.

É fundamental a permanente unificação dos membros dessa rede, de modo que os canais de contato, internos e externos, estejam sempre desimpedidos. Quando a necessidade os chamar, que estejam prontos a ir ao encontro dela. A necessidade não é só a de um ser ou uma situação que se apresente próxima. Por isso, é preciso também conhecer o silêncio e a comunhão interna, que são os mais potentes meios de ação, meios que cobrem grandes distâncias, como se sabe.

Nicolás refere-se principalmente a essa ação interior, pois nada se pode fazer de realmente efetivo ou harmonioso na vida concreta sem o esteio ou as bases que se encontram no mundo interno de cada ser.

O reconhecimento de uma necessidade material deve estar acompanhado do amadurecimento espiritual. Já existem, nesta civilização, organizações dedicadas à assistência ao próximo, e nada se acrescentaria à vida planetária se essas novas redes, das quais falamos, se limitassem a desempenhar tarefas práticas.

Apesar de muitas das organizações assistenciais deste mundo terem sido constituídas a partir do impulso da Hierarquia, em geral não permanecem ligadas à ela. Realizam auxílios; porém por estarem exclusivamente voltados para aspectos imediatistas, materiais e externos, não se submetem à formação espiritual como é requerida para o serviço ao planeta nos dias de hoje. Além disso, por motivos bem conhecidos, essas organizações terrenas falham nos seus intentos e alguns entregaram-se às forças da corrupção.

Por isso, conjunturas energéticas planetárias e cósmicas não estão vitalizando a formação de grupos mecanicamente treinados para lidar só com as dificuldades materiais destes momentos de caos. O que é preciso hoje é a realização de dois movimentos simultâneos:

- A divinização da vida em cada ser, como processo individual e em consonância com o ponto evolutivo de cada um;

- e, em consequência da expressão da vida divina em alguns, a manifestação de um serviço impessoal que supra as necessidades que se apresentem.

A formação de redes de serviço torna-se possível devido à disponibilidade de alguns indivíduos para assumir o que a Mônada ou a Hierarquia lhes inspira. Portanto, essas redes formam-se pela reunião dos mais conscientes, que tem maior abertura para ajudar do que para requerer ajuda.

Nos momentos próximos de caos, essas redes terão uma sagrada tarefa: mitigar o sofrimento e auxiliar muitos seres a fazerem, em harmonia, a passagem para outros mundos ou planos.

Essas redes de serviço devem tornar-se as mãos criadoras da grande consciência que é a Irmandade cósmica, da qual a Hierarquia planetária é parte.

São seres humanos, ainda com tantas limitações, os que estão sendo convidados a assumir essa tarefa em colaboração com o plano evolutivo. Portanto, a consciência de um aspirante ao serviço deve estar aberta a desenvolver-se concomitantemente em dois sentidos:
o interno e o externo.

Um indivíduo cheio de virtudes, mas que as mantenha ocultas, é inútil para o plano, e, do mesmo modo, outro que se disponha para assumir tarefas externas descuidando da evolução interior e que, assim, cometerá erros em decorrência da falta de contatos com a Luz que indica os rumos corretos a serem tomados.

Nos dias de hoje, é trazido aos grupos o impulso à formação de redes de serviço e também o estímulo à interiorização e aos estudos.

O estudo, a divinização da vida e o serviço jamais deveriam estar separados. É preciso, a todo custo, reuni-los num só movimento da consciência. Essa unificação é trazida claramente pela mensagem de Anu Tea.

( extraído do livro ” O Visitante, a caminho para Anu Tea”, de Trigueirinho)

Solange Christtine Ventura
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