Desenvolvido por Ricardo Ventura
ricardo.ventura777@hotmail.com
A DANÇA DIVINA DO DERVIXE RODOPIANTE
Girar da esquerda para a direita, a primeira técnica dos Cinco Ritos Tibetanos, energiza realmente o sistema de chacras e também permite obter informações da Mente Universal.
Um depoimento: “Uma noite, depois de girar facilmente sem ficar tonta durante mais de uma hora, percebi que tinha sido um dervixe numa vida passada, pois tudo aquilo vinha muito naturalmente para mim...”
Alguns dizem que a dança dos dervixes rodopiantes tem 700 anos de idade e é uma forma de “polir o coração humano e permitir que a alma se libere para comungar com o divino”.
A dança dos dervixes originou-se com o poeta Mevlana Celaledim Rumi, no século XIII; dizem que é uma dança estática de entrega que também requer muita disciplina centrada. “Dervixe significa literalmente ‘porta’, ‘passagem’.
Quando aquilo que é comunicado move-se de presença a presença, ocorre darshan, com a linguagem dentro da visão. Quando a atração gravitacional fica maior ainda, os dois tornam-se um, transformando o que é molecular e galáctico e trazendo uma recordação espiritual da presença que está no centro do universo. Girar é uma imagem de como o dervixe se transforma num lugar vazio onde o humano e o divino podem se encontrar.
Um giro secreto em nós faz o universo girar. A cabeça sem consciência dos pés, e os pés sem consciência da cabeça. Nenhum deles se importa. Continuam girando.
Rumi, The Essential Rumi (O Essencial de Rumi), trad. de Coleman
Barks, Harper San Francisco, 1995.”
UMA TÉCNICA PARA GIRAR
“Durante esse cerimônia religiosa solene, acredita-se que o poder dos Céus entra pela palma direita levantada e passa por todo o corpo, saindo pela palma esquerda abaixada para então penetrar na terra”. O dervixe não retém o poder, nem o dirige. Aceita ser o verdadeiro instrumento de Deus e, por isso, não questiona o poder que entra e sai dele. Há uma certa controvérsia em relação à direção na qual girar. Minha (Thais Banu) pesquisa levou-me aos seguintes passos simples: Comece lentamente e aumente a velocidade; depois volte ao movimento lento. Comece a girar para a direita (sentido horário) com os braços ao longo do corpo. Depois de várias voltas completas, levante a palma direita (o braço estica inteiramente) e abaixe a palma esquerda (o braço estica inteiramente).
Continue girando para a direita várias vezes (o sufi que me instruiu preferia 7 voltas completas).
AGORA levante a mão esquerda a meio caminho acima do ombro, mas ela não deve chegar à altura da cabeça. Ao mesmo tempo, incline a cabeça de modo que a orelha esquerda fique bem perto do ombro esquerdo. Continue girando para a direita.
Deixe a cabeça pender para a frente de modo que o queixo fique bem perto do peito e os olhos olhem para o chão. Os braços continuam levantados e você ainda está girando para a direita. Incline a cabeça para a direita, de modo que a orelha esquerda fique bem perto do ombro direito e você passe a olhar para a mão direita. Continue girando para a direita.
Deixe a cabeça pender para trás e olhe para os Céus. Continue girando para a esquerda.
Sempre comece a girar para a direita. Só depois de várias voltas completas é que você troca a posição dos braços e inverte a direção para a esquerda (sentido anti-horário). Sempre se deve terminar com voltas completas para a direita. A cabeça gira e os círculos que ela faz podem ir na direção inversa à das voltas do corpo. Terei muito prazer em receber qualquer comentário ou informações adicionais sobre essa forma fascinante de Dança do Oriente Médio.
Paz, Thais Banu - editora de Unveiled Thoughts (Pensamentos Revelados).”
Em minha experiência pessoal, a dança do Dervixe Rodopiante permite muito mais do que foi dito acima. Uma série completa de mudras e exercícios bioenergéticos com raios de luz também pode ser aplicada durante os giros e, depois que você se centra por meio da respiração, pode controlar facilmente a velocidade dos giros.
Com impulso suficiente, você sente de fato como se estivesse imóvel no meio de um furacão, ao mesmo tempo que o corpo físico gira em torno de si mesmo num poderoso vórtice de energia. Parece que seu corpo é um saca-rolhas cósmico, no qual a energia flui através de você até a terra. Dá realmente a impressão de que você não tem peso, que está desafiando a gravidade, parece que você está no centro do universo. Manter a estabilidade e o equilíbrio requer disciplina e habilidade, mas é fácil consegui-las com a prática. O acréscimo de orações, programações e bioenergética torna a dança mais potente ainda e, claro está, o motivo pelo qual você deseja praticá-la e para que essas técnicas possam ser usadas precisa ser examinado.
Recomendo-lhe aumentar aos poucos a velocidade dos giros e o tempo gasto nessa dança, pois se você girar muito depressa, pode acabar sentindo que suas vísceras continuam girando muito tempo depois de parar. O equilíbrio também pode ser controlado se você balançar o corpo mudando o peso de um pé para o outro; aliás, essa é uma boa forma de sair de um giro em alta velocidade.
Nunca conseguirei enfatizar o bastante a importância desse exercício, não só por sua capacidade de energizar todo o nosso sistema de chacras, como também porque dá a sensação de darshan com o divino.
Um dos presentes mais valiosos que podemos dar a nós mesmos é o domínio completo sobre nossa estrutura molecular e todos os nossos campos energéticos.
Ter domínio significa aumentar o poder de viver num estado de saúde absoluta, regeneração constante e livre de doenças em todos os planos de nosso ser. Para nos livrarmos das doenças, temos de aprender a nos sintonizar. Assim como levamos o carro ao mecânico para uma regulagem, podemos realinhar/recarregar nossos campos energéticos e criar uma saúde perfeita em nossos corpos físico, emocional, mental e espiritual.
Fonte: http://www.bdancer.com/med-guide/culture/dervish.html
Solange Christtine Ventura
www.curaeascensao.com.br