“Comida viva, grãos germinados"

Palestrante Convidado: Profa. Ana Branco - Professora de designer e pesquisadora da PUC/RJ, desenvolvedora do Projeto BIOCHIP que estuda e ensina técnicas para utilização de alimentos vivos, orgânicos e amornados.

Tema da Palestra: "Alimentação Viva e Grãos Germinados - Fortalecimento da imunidade através dos vegetais".

Repleto de leveza e simplicidade, o encontro com a professora Ana Branco promoveu a união perfeita entre saber e sabor. Em meio a tantas transformações pelas quais atravessa nosso planeta e sua humanidade, contemplamos em nossos dias o surgimento, ou melhor, o resgate da busca pelo natural, o respeito pelas forças sagradas da Natureza. Neste sentido, Ana Branco se revela uma sábia contemporânea aos olhares curiosos e atentos do público que comparece em suas palestras, onde apresenta sua visão de comunhão com as energias vitalizantes do reino vegetal. Uma espécie de maga, xamã ou alquimista que converte mistura de vegetais e grãos germinados em preparações de grande poder desintoxicante.

A professora é defensora irrestrita do que chama Alimentação Viva, uma conduta alimentar que evita alimentos considerados sem energia ou geradores de doenças. Segundo ela, nascemos com um PH alcalino, o que possibilita intenso desenvolvimento no primeiro ano de vida. Ao longo do tempo, nos acidificamos e perdemos a chance de nos desenvolver adequadamente. O cozimento dos alimentos acelera o processo de decomposição gerando mais acidez e propiciando o surgimento de doenças. “Para recuperar a vida de um solo ácido, é necessário alcalinizá-lo. Isso é feito com o plantio de sementes e hidratação para que haja biogênese e revitalização. A diversidade das sementes colabora com a alcalinização e amplia as possibilidades de trocas, fazendo igual no nosso corpo quando ingerimos alimentos vivos”, explicou Ana Branco. Ao longo de sua palestra a professora ensinou aos participantes, dentre outras coisas, como germinar sementes e grãos e preparar o Suco de Luz do Sol, pura fonte de energia vital! Este fantástico encontro com a magnética Profa. Ana Branco teve ainda direito a um brinde coletivo à vida e uma canção guarani que agradece à divindade pelo alimento. Leia a seguir a íntegra da palestra!...

Início da palestra da Profa. Ana Branco Alimentação Viva e Grãos Germinados - Fortalecimento da imunidade através dos vegetais.

Comer é se sentir amado. A afirmação da professora, designer e pesquisadora da PUC/RJ, Ana Branco, permeou toda a fantástica palestra realizada por ela no Projeto Vibração Positiva. E o sentimento de amor foi estimulado logo no início do encontro, quando Ana semeou, na mão de todos, um punhado de sementes de trigo, para que pudesse se estabelecer uma conversa não-verbal entre o grupo.

Ana Branco é desenvolvedora do Projeto Biochip, um grupo de estudo, pesquisa e desenho que investiga as cores e a recuperação das informações presentes nos alimentos vivos, orgânicos e amornados. Ela explicou no que consiste o biochip e qual sua relação com nossos alimentos: “no computador, para que se armazene informação, é necessário um chip. Se eu pego o chip do computador, coloco dentro de uma panela e acendo fogo baixo, a primeira coisa que se rompe é uma molécula de água contendo silício. Se eu retornar com esse chip para o computador, constatarei que não há mais qualquer informação gravada, pois o silício só funciona enquanto estiver envolto pela molécula de água. A tecnologia se utilizou dessa informação aprendida com a natureza.

Dentro desta semente de trigo que vocês têm nas mãos e de todas as sementes que estão na terra, há silício envolto por molécula de água. Se eu cozinho essa semente, a primeira coisa que se rompe é a informação. Ela deixa de ser um biochip”, explicou Ana.

“Até agora, a alimentação foi utilizada para engordar, para emagrecer, para ganhar corrida, para curar doença. Mais do que isso, as sementes podem ser fontes de informação, de como lidar com o sol, a água, a chuva, a erosão, outros seres vivos, enfim, como lidar com nosso entorno. E, durante quatro mil anos, nós tiramos a água molecular que fica em volta do silício pelo cozimento. Assim, vivemos quatro mil anos de guerra, pois, com o início do cozimento, surgiram as batalhas e teve início a nossa desnaturação. Nós já não vivemos como recomenda a segunda fase da Bíblia cristã, no capítulo 2 do Gênesis, que diz: ‘Eis que Eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento'. Nós matamos a semente e a comemos. Então, aquilo que sempre foi nosso alimento nós abandonamos para poder fazer a manutenção da guerra, principalmente dentro do nosso corpo”, afirmou.

A professora explicou que o embrião do peixe, da tartaruga, do homem e de todos os seres tem a mesma forma original. Mas, devido à desnaturação, o homem resolveu correr atrás de outros bichos para comê-los: “em momento algum eles se oferecem. Ao contrário, todos fogem. E nós comemos esses bichos porque a indústria alimentícia os coloca em nossa mesa disfarçados. Assim, nós ingerimos a morte, produzimos a manutenção da guerra e das doenças, que são geradas exatamente pela falta de paz”. .

Acidez X Alcalinidade

A professora Ana Branco explicou que as sementes, enquanto estão ligadas à terra, têm um Ph - o equilíbrio eletroquímico do corpo - alcalino, assim como nós, quando nascemos. Ao longo do tempo, esse Ph vai se acidificando: “nós todos nascemos com Ph alcalino, que é o estado ótimo de multiplicação celular. Mas aprendemos imediatamente a comer comida ácida e invertê-lo, nos acidificando pelo cozimento e, assim, perdendo a capacidade incrível de desenvolvimento que só temos no primeiro ano de vida, mas que poderíamos ter por toda a vida. Por exemplo: quando essa semente amadurece e cai, vai ficando ácida. Passa meses protegida em uma embalagem de supermercado, esperando o momento máximo do nascimento. Depois nós pulverizamos e fazemos farinha de trigo. Nessa pulverização, expomos o interior da semente ao oxigênio, mas, ainda assim, permanece o silício dentro da molécula de água. Em seguida, faço um pãozinho e o coloco no fogo. Ao fazer isso, rompo com a molécula de água e se perde a informação. Assim acontece a acidificação do nosso sangue, que por si só não consistiria um problema se não gerasse a desnaturação”, disse.

De acordo com a professora, a acidificação gera estruturas viciantes. “Quando alguém começa a se drogar com cocaína, ficamos preocupados porque sabemos que aquela situação não vai muito longe, pois cada vez mais o usuário vai querer doses mais fortes daquela acidez. E essa acidez começa quando você nasce. Canja de galinha, gema de ovo com caldo de feijão, pão com manteiga, carne com batata, macarrão com queijo, pizza, entre outros pratos, resultam na combinação de amido com proteína e isso gera acidez. Assim a criança chora, tem dor de barriga e sofre muito para se adaptar a essa acidez alimentar. Dessa forma, cada vez mais a criança fica viciada na acidez e quer, a cada dia, doses mais fortes. Nós somos dependentes químicos dessa combinação. Os restaurantes, o tempo todo, misturam amido com proteína, que é uma dose interessante para proporcionar uma boa acidez ao corpo e a sensação de euforia. Logo depois, vem um pico de depressão e você tem que tomar um cafezinho ou comer um doce para se levantar. E assim, você desce e sobe o dia inteiro gastando toda a sua energia nesse processo metabólico. Logo ao lado do restaurante certamente há uma farmácia, e assim nós estamos vivendo há quatro mil anos. Não precisava ser assim, pois nós nascemos para viver no paraíso, e o paraíso é aqui e já. A única coisa que precisamos fazer é inverter esse caminho”, explicou.

Segundo Ana Branco, o cozimento teve início quando o rei dos castelos resolve conquistar terras cada vez mais distantes. A comida destinada aos escravos chegava podre às frentes de batalha. Para tirar o mau cheiro, surge o cozimento: “o fogo acelera o processo de decomposição, não regenera a comida, mas tira o fedor. Toda aquela comida não tinha energia vital, o que fazia o escravo ingerir uma quantidade enorme de acidez e pensar que estava saciado. Como o alimento ia enchendo sua barriga e ele tinha o tempo todo que metabolizar aquele veneno, foi desenvolvendo mecanismos para viver com a comida podre. O nosso intestino, que é alcalino, naturalmente retesa um centímetro de fezes secas e ácidas em toda a sua volta, para não ter que alterar seu Ph. E desde então, mesmo quem defeca diariamente tem de cinco a sete quilos de fezes secas na barriga. Nesse ambiente podre, quente e úmido do intestino, se instalam todas as doenças. Um intestino que tenta se defender há quatro mil anos”, afirmou.

“Quando você vai fazer exame de sangue, deve ficar em jejum, porque se tomar café com leite e pão com manteiga, o exame acusará um aumento de 11 mil vezes nos leucócitos, que constituem nosso sistema de defesa. Como o corpo vai se defender dessa maneira se eu não o ataquei? Acontece que o corpo entende como uma doença aquele café com leite e pão com manteiga. E, dessa forma, você aumenta 11 mil vezes os leucócitos no café da manhã, no lanche, no almoço e no jantar, produzindo 44 mil leucócitos por dia sem precisar. Toda a nossa energia vital é utilizada na possibilidade de nos manter vivos, sobreviventes, mas não de nos desenvolver como humanos. A nossa espécie poderia viver até 400 anos, mas sequer conseguimos pensar nisso, pois temos que sobreviver aos venenos e ataques”, explicou Ana Branco.

A professora citou uma frase presente na Bíblia e em diversos livros religiosos para explicar como devemos nos alimentar: “vede os pássaros, olha como eles vivem”. Segundo a Professora, as aves germinam as sementes no papo e a moela as vai digerindo aos poucos. “Dessa forma, com um bocadinho de sementes no papo, elas atravessam oceanos, batendo as asas com uma força fantástica por dias, meses, sem parar para comer. De onde sai essa força? Uma semente germinada amplia o potencial de nutrição em 20 mil vezes”, afirmou.

“A essa mesma semente que vocês têm em mãos, acidificada com o tempo, podemos dar tudo o que ela mais quer: água. Nós lhe damos água e ela fica tão contente de ter chegado sua hora, que coloca o narizinho para fora. Quando isso acontece, amplia-se o valor nutritivo em 20 mil vezes. Se havia um de ferro, agora haverá 20 mil de ferro. Se havia um de cálcio, agora haverá 20 mil. Toda a discussão a respeito da fome no mundo fica comprometida com essa informação. Aquela quantidade que nós comíamos é completamente desnecessária pela modificação da qualidade do alimento”, afirma Ana Branco. A semente germinada decompõe todas as proteínas, amidos, carboidratos, gorduras e aminoácidos, que nosso corpo passa a absorver rapidamente, alcançando a alcalinização e, conseqüentemente, a revitalização.

Ana contou que, no sul do Brasil, temos o primeiro assentamento do Movimento dos Sem-Terra com 700 famílias produzindo semente nativa brasileira. “Somos o único país do mundo que produz semente nativa em larga escala. A Alemanha e a Califórnia são loucas para produzir, mas a Monsanto compra tudo. Aqui, a produção é feita pelo MST em conjunto com a Bionatur, a Monsanto não consegue comprar. Isso significa que, daqui a alguns anos, vamos saber o que é educação brasileira, o que é música brasileira, porque comeremos semente nativa brasileira, sem modificação genética e biológica. Por isso é que o Brasil é o centro de regeneração da Terra”.

“Na minha mão, eu tenho 100 pés de rabanete, ou seja, 100 sementes de rabanete germinadas. E posso comer tudo isso de uma vez só. Se eu plantasse o rabanete, iria colher daqui a dois ou três meses e só aproveitar a parte vermelha, desprezando as folhas. Dessa forma, não. Eu como o “devir” do rabanete, toda a informação que ele tem em toda a sua expansão. Eu fico parecida com o rabanete! Quando como sementes de girassol, por exemplo, fico buscando o sol o dia inteiro. Assim acontece com as vacinas, quando tomamos um pouco de doença. Se, portanto, tomamos um pouco de vida, ficamos parecidos com a vida”, disse Ana, que, com uma alimentação à base de sementes germinadas, conseguiu que a mãe saísse de uma artrite deformante e voltasse a tocar piano, atividade que tinha parado aos 20 anos.

Retornar a essa alimentação é o destino da humanidade, acredita Ana: “estamos aqui recebendo essas informações e toda a nossa grande questão é se começamos a fazer isso hoje ou mês que vem, mas, naturalmente, toda a espécie humana vai retornar aos ensinamentos de Hipócrates, que são os mais antigos do mundo. Há 3,5 mil anos, os povos nômades da Ásia já caminhavam com saquinhos de sementes germinadas. Essas informações, todos os médicos viram na faculdade, mas não se abriram para elas. Isso porque o sistema que banca as escolas de Medicina e todas as escolas é comprometido com a indústria. E o sistema industrial tem que fazer valer o da indústria alimentícia, da indústria de remédios, da manutenção da guerra. Mas, se você rompe com a guerra na origem, o sistema naturalmente vai ter que ser redesenhado”, afirmou.

Segundo Ana, o planeta Terra produz diariamente o vermelho, que é a cor complementar ao verde. “E daí surgirmos nós, os animais de cor vermelha, para completar o verde da terra. Não é a toa que o vermelho é a cor em que enxergamos o maior número de tonalidades. E não é à toa também que a hemoglobina é complementar à clorofila. Essa é a hipótese de Gaia, proposta pelo cientista britânico James Lovelock”, explicou. “A origem do nosso sangue vem dos vegetais verdes. Então, podemos fazer novo sangue muito rapidamente usando o verde para renovar o nosso sangue”. ..

O Projeto Biochip A professora Ana Branco compartilhou com os participantes do encontro a experiência vivida através do Projeto Biochip, que ela lidera na PUC/RJ. A proposta busca uma revitalização da relação humana com a natureza viva. Aos participantes são propostas experiências estéticas com esses modelos, a partir de investigações relacionadas com a forma, cor e sabor, que culminam na produção e ingestão de desenhos vivos. Em todas as quintas-feiras acontece no local a Feira do Desenho Vivo, em que as crianças expõem e comercializam suas obras. “É uma das coisas mais esperançosas do mundo ver as crianças modelando e comendo os desenhos criados”, diz Ana.

“Um dos aspectos que trabalhamos no projeto é de que o ser humano deve resgatar a sua inocência. Esse é um estado de graça, em que você está em comunhão com as manifestações da Terra. Nós nos encantamos com o sol, com a montanha, com um bichinho. Nesse estado de encantamento, não há doença que sobreviva”, afirmou.

“É importantíssimo que o alimento nos remeta à nossa memória afetiva, saborosa. De nada adianta a comida ter nutrientes, se ela não tiver o sabor da comidinha que a vovó e a mamãe nos davam, porque senão, não vamos nos sentir amados e, conseqüentemente, saciados. Comer é se sentir amado. A idéia é recuperar, através de aglomerantes à base de hortaliças e outros vegetais, a textura e o sabor da comida cozida, sem cozinhá-la para que ela não perca a energia vital”, explicou Ana Branco.

Ana contou para os participantes a experiência de Daniel, descrita na Bíblia. “Daniel era um soldado do rei que foi preso e disse que não queria comer as comidas do rei, apenas frutas e água. Ele sai da prisão mais jovem que o rei, que, de tão aborrecido, manda-o para a cova dos leões. Os leões o cheiram, cheiram e não o comem, porque bicho nenhum come sangue alcalino. Nem bicho de Aids, nem de câncer, nem bicho grande, nem pequeno. Só comem sangue ácido. Todas as doenças são bem-vindas por esse motivo: elas vêm sinalizar a acidez do nosso sangue. Se você o alcaliniza, pronto, acabou a doença”, afirmou.

No projeto Biochip, usa-se o processo de alteração da temperatura para intensificar as cores de algumas hortaliças. O acompanhamento e a observação das variações de cores são feitos através do contato direto do alimento com as mãos dentro de uma panela de barro aquecida. “Pelo aquecimento, as cores vão ganhando intensidade e brilho, e a beleza da vida se mantém pela medida de calor que nossa mão suporta, mantendo as enzimas vivas”, explica Ana.

“Em nosso intestino, temos fauna e flora, exatamente como é do lado de fora, mas incendiamos essa floresta com o fogo do cozimento quatro vezes ao dia. Floresta pela qual temos responsabilidade única: a floresta do couro cabeludo, dos pêlos do corpo, a floresta vermelha que pulsa nosso coração, cheia de árvores que passam pelo aparelho circulatório e linfático. Todas essas florestas internas poderiam estar adaptadas ao aedes aegypti, às mudanças climáticas, ao sol. Nosso único motivo de estar na Terra é o sol, mas agora inventamos que ele não faz bem e nos cobrimos de protetor solar. Se nos protegermos tanto assim, nós é que vamos morrer”, afirmou.

Ana explicou que, diante das informações quânticas e sistêmicas, caem por terra todas as informações darwinianas. Segundo ela, nós estamos vivendo hoje uma mudança radical dos paradigmas cartesianos: “a idéia mecanicista de que somos um relógio, no qual deve-se ficar trocando pedaços, não se aplica mais. Montem um relógio e mandem-no fazer poesia, para ver se ele faz. Não faz. Estamos vendo, portanto, que a pesquisa feita dentro do pensamento antigo não tem mais sentido algum, pois pegamos a vida com as nossas próprias mãos”, disse. E, de posse de um punhado de sementes, a professora passou à parte prática do encontro, ensinando aos participantes a germinar sementes e preparar o suco de luz do sol.

http://www.essenciavital.org.br/
vibracaopositiva/Resumo26-08-06.htm

Germinação de sementes

Após distribuir entre todos os participantes sementes de girassol, pedaços de filó e elástico, Ana demonstrou o processo de germinação das sementes. O primeiro passo é colocá-las num copo, cobrir com água, tampar com o filó e prender com o elástico. “Nós vamos dormir e a semente vai acordar. Depois de uma hora de molho, se fizermos uma foto Kirlian, veremos raios de luz feito estrelas saindo da semente. Ou seja, você vai ver todo o potencial de nascer ativado. Quando chegar o dia seguinte, jogamos a água fora e deixamos o copo inclinado, escorrendo a água. Assim, a semente vai receber ar. Saímos então para trabalhar e, ao voltarmos, enchemos o copo de água novamente, sacudimos, jogamos a água fora e deixamos escorrer. Com oito horas de água e oito horas de ar, você já desencadeou o potencial de germinação. Daí, seguem-se mais oito horas de água e 16 de ar para que a semente coloque o narizinho para fora. Então, é só apertar para que a semente saia da casca e comer”, explicou. Podem ser usadas todas as sementes comestíveis, tanto pelo homem como pelos pássaros: girassol, painço, niger, colza, aveia, trigo, linhaça, arroz, soja, centeio, gergelim, grão de bico, amendoim, lentilha, nozes, castanha do Pará, amêndoas, ervilha, feno-grego, etc.

Suco de luz do sol

Após a germinação, a professora Ana Branco ensinou a fazer o suco de luz do sol, que se transforma em hemoglobina em 15 minutos. Ela explicou que as sementes utilizadas devem estar em expansão e os vegetais devem ser colhidos ainda com energia vital, o que pode ser constatado pelo barulho que fazem ao serem quebrados.

“No suco, colocamos couve, chicória e hortelã, pois tem que ficar gostoso. Usamos o pepino para socar, já que o pepino tem bastante água, e vamos batendo no liquidificador.

Colocamos os outros ingredientes: cenoura, inhame, gengibre e maçã para ficar doce. Essa é a única fruta que, segundo as pesquisas já realizadas, pode adoçar o suco, pois não altera as moléculas de clorofila, altamente delicadas e facilmente desestabilizáveis.

Adicionamos uma mão cheia de sementes germinadas para cada copo de suco. Coamos com um pano e assim o lemos com nossas mãos, pois, conforme vamos apertando o conteúdo, fazemos transmutações biológicas. Nesse momento, você mentalizará tudo o que precisa para esse dia, pois estará em conexão e transformação com os vegetais.

Nesse processo, você está vivendo o afetar e o ser afetado, aquilo que o biólogo Humberto Maturana define como autopoiese: você promove tudo o que você precisa para sua vida agora. Se eu preciso de cálcio, essa couve, pelo meu carinho, pelo afeto, pelo encantamento e pela beleza se transformará em cálcio”, disse Ana. E completou: “esse é o leite da mãe. Nós pensamos durante muito tempo que éramos filhos da vaca, mas somos filhos da terra, e é esse o leite que temos de beber, que regenera, reconstrói, se transforma em hemoglobina, cura principalmente a nossa reconexão com o céu e a terra. Reconectar é religar. Esse é o princípio de todas as religiões”.

“Essas peneiras são as nossas panelas furadas, a nossa bibliografia. Fizemos a opção de não editar livros, pois não queremos compactuar com os desertos verdes que estão destruindo a Terra. Esses desertos verdes são clones de eucalipto e ninguém vê que ali não há qualquer manifestação de vida. Nós olhamos de fora e ainda achamos bonito, porque o nosso padrão estético é comprometido com a morte, com a repetição. E é assim que escolhemos frutas e sementes na feira. Se a cenoura tiver dois pés, imediatamente a rejeitamos”, explicou Ana.

Um dos participantes questionou por quanto tempo o suco poderia ficar guardado, ao que Ana divertidamente respondeu: “Tempo nenhum. Deus evapora rapidamente, não gosta de esperar. Esse hábito de guardar é gerado pelo pensamento de armazenamento de fezes do intestino. Você quer guardar na geladeira, quer congelar, guarda dinheiro no banco, guarda ressentimento no coração, guarda cocô velho na barriga, guarda roupa velha em casa, guarda coisas que não usa mais. Enfim, guarda tudo. E a vida é um movimento contínuo. Esse raciocínio de armazenar é gerado por uma guerra, principalmente a guerra que fazemos no nosso ecossistema, pelo qual somos os únicos responsáveis. E é isso que tem nos adoecido, porque a pior doença é guardar rancor. Essa vai nos apodrecendo. O tempo vai passando e não vivemos nada”.

Ana afirmou que, em termos de nutrientes, o suco de luz do sol substitui magnificamente qualquer outra refeição, mas não substitui a memória afetiva e saborosa, nem o costume que temos de nos empanturrar com o peso para acreditarmos que estamos sendo amados. Portanto, é importante manter o hábito de comer, mas fazer isso saudavelmente.

“O suco é mais nutritivo do que qualquer outra coisa, pois contém energia vital. O homem é um fenômeno elétrico, e não um monte de carne e osso. Você é feito de luz. E como um fenômeno elétrico deve viver? Em ambiente alcalino, que é onde a luz tem maior potência. E isso que está aqui em nossas mãos é partícula de luz promovida pelo sol. Na fotossíntese, se absorve gás carbônico e se libera oxigênio. Nós temos uma operação complementar: absorvemos oxigênio e liberamos gás carbônico. Então, com esse suco, podemos fazer sangue novo todos os dias. E aí, adeus, doença. Adeus, tristeza. Adeus, depressão. Você fica muito parecido com quem você sempre foi aos quatro, cinco anos de idade. Você fica bobo igual aquele. Torna-se franco, direto, honesto com você mesmo, amoroso, gentil, gosta de viver em bandos, aprende a viver em grupos e a formar grupos de paz, não de guerra. O que costumamos ouvir quando perguntamos a alguém como vai fulano? ‘Na luta!'. Eu não quero fazer parte deste bando, não quero enfrentar luta e batalha todo dia. Com o suco de luz do sol, você se reconecta e fica no bando das crianças igual pinto no lixo, lá é que é o seu lugar. Aí então você vai juntando outras pessoas que também querem brincar e ser feliz. Passa a gostar de outras coisas, muda os seus valores e volta a ser como era quando pequeno. Você lembra que não tinha medo de nada? Pois o amor é o oposto do medo. Quando sai o medo, que você deixa no vaso sanitário, entra o amor”.

Um dos colegas do Vibração Positiva perguntou à Ana Branco como ela tinha conseguido, em meio à nossa realidade cotidiana, estabelecer essa mudança de hábitos. Ela contou que, quando tinha sete anos de idade, estava indo para o colégio, apanhou uma folha e perguntou à professora quem garantiria que o verde que ambas estavam vendo era o mesmo. Cinqüenta anos depois, ela obteve a resposta. Lendo Maturana, constatou que o verde que ela vê é um, e o verde que a professora via era outro. “Eu fui preparada para fazer isso. Não é algo simples de se fazer, mas vivo isso no meu corpo há 12 anos. Nunca mais ouvi falar em farmácia, nem sei o que se vende lá dentro. Também não sei o que se vende em restaurante, com aquele fedor de coisa podre. E assim eu venho vivendo de outro modo. Há 12 anos que eu recolho água de chuva, trato o meu esgoto e venho me apropriando de mim e do meu entorno. Você só modifica hábitos se formar grupos. Sozinho, não consegue nada. É muito difícil fazer isso em casa, quando você chega e encontra a família comemorando a morte. Como é que você vai comemorar a vida dessa forma?

Não promovam o enfrentamento com as pessoas que vocês amam, mas comecem pelo amor a vocês. Comecem a promover a mudança germinando sementes todos os dias e fazendo o suco da luz do sol. Somos um pedaço da Terra que se levanta e ama, abraça, faz poesia. E é importante que recordemos em nós a beleza, o encantamento e o amor”.

Cada um dos presentes recebeu um copo de suco de luz do sol. Com o seu na mão, Ana Branco contou que dois povos no mundo desconhecem doenças: uma antiga tribo que mora no Paquistão e os guaranis, que moram em nossa terra.

Fazendo um brinde à vida, à alegria, ao amor, à luz e à paz, Ana entoou Tembiuporã, a música que os guaranis cantavam para agradecer o alimento. Em uma única voz, os participantes acompanharam o coro. Envolvidos por uma intensa energia de amor e ancestralidade que pairava no ambiente, todos beberam o suco, emocionados e agradecidos pelas preciosas informações que lhes alimentaram o corpo e o espírito naquele encontro.

Contatos com a Profa. Ana Branco através do e-mail ana.branco@uol.com.br ou através do site http://wwwusers.rdc.puc-rio.br/anabranc/



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Link do artigo: Comida viva, Grãos germinados
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