A proteção animal torna-se cada vez mais necessária e essencial, uma vez que vem sendo violada por séculos pelo homem que continua praticando maus tratos contra animais, embora sejam seres vivos e sencientes.

As leis de proteção ambiental no que se refere aos animais e com a gravidade dos crimes cometidos contra eles, deve ter uma punição mais severa, para que a sociedade tenha a exata noção de que não é autorizada a torturar, abusar e matar um ser vivo, pelo fato de que o mesmo não tem voz!

Não precisamos de rodeios, rinhas de briga, nem de exploração de animais para turismo ou mante-los em cativeiro, em uma vida inteira de servidão e sofrimento.

Evoluímos e temos atualmente outras formas de entretenimento e não necessitamos escravizar, ferir, mutilar e matar animais!

É inadmissível também que animais inocentes e indefesos tenham que sofrer ao limite como cobaias para a industria de cosméticos, médica e cientifica quando já existem outras técnicas alternativas e até mais seguras e com êxitos

Dr. Stefano Cagno, médico cirurgião na Itália, membro do Comitato Scientifico Antivivisezionista em Roma, autor do livro "Sobre animais e pesquisa", perguntado a respeito do tema, assevera;

“O uso de animais na pesquisa médica e científica não traz nenhum benefício ao progresso científico. Os animais possuem uma anatomia diferente da do homem e uma consistência/estrutura dos tecidos também diferente. O cirurgião depois de ter experimentado as técnicas nos animais, passa para o homem que será a verdadeira cobaia experimental. Os cirurgiões experimentais, convencidos que aquilo que viram nos animais tem validade para o homem, no momento que passam para este último, se tornam menos prudentes do que deveriam ser, e consequentemente fazem mais danos.” (CAGNO, 1999 apud GREI)

Recentemente, a ativista Vana Lopes do Grupo Vítimas Unidas entre outras ONGs denunciaram a ocorrência de gravíssimos crimes de maus-trat os, configurados em várias práticas, nas quais supostamente bovinos, gatos, cães da raça beagle e outros recolhidos das ruas, vêm sendo submetidos a experimentos desnecessários e com requintes de crueldade para fundamentar a produção e comercialização de insumos veterinários. Ocorridos na UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, no Campus de Jaboticabal, SP., o qual está sendo investigado em inquérito policial.

E a vaquejada essa, barbárie, que os defensores dessa prática consideram cultura e fonte de renda, e utilizam-se do artigo 215 § 1º da CF que dispõe que será garantido pelo Estado o pleno exercício dos direitos culturais apoiando suas manifestações.

Mas cultura não mutila, abusa ou mata né? “Maus tratos que, a pretexto de diversão e cultura popular, inclusive em alguns casos com a participação de recursos públicos, são empreendidas práticas cruéis e hediondas na utilização de animais em rodeios, cavalgadas, vaquejadas e demais eventos da mesma natureza”.

Segundo Paulo Affonso Lemes Machado, além dos que praticam crimes ambientais, nas vaquejadas por exemplo, as chamadas "atrações culturais", devem ser punidos, mas também aqueles que assistem esse abuso e que são co-autores de fato.

A vereadora Teresa Britto (PV) e ONGs envolvidas na proteção aos animais entregaram ao Ministério Público fotos e vídeos de animais machucados após vaquejadas realizadas no Parque de Exposição Dirceu em Teresina no Piauí recentemente.

Está mais que na hora dessa prática ser banida do nosso país

E ainda temos diariamente animais domésticos abandonados covardemente nas mais variadas condições físicas e em diferentes idades por quem deveria protege-los e o fazem sem remorso algum! Inacreditável, mas uma realidade!

O caminho para a proteção animal é árduo e mais lento do que deveria, mas creio que a nossa compaixão falará mais alto que a ganância de muitos e a insensibilidade de alguns! Um dia! Um dia!

Por Carolina Salles: Doutora em Direito Ambiental e Sustentabilida de.Mestra em Direito Ambiental. Ativista do Direito dos Animais. LL.M. Degree International Student.

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Link do artigo: A proteção animal e os seus desafios
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