“A MÚSICA DAS ESFERAS OS SONS DA VIDA"

“Muka é a Voz do Silêncio.

Quando você mergulha no abismo deste Silêncio,
escuta a si mesmo, isto é, o Pranava OM, o primevo, o cósmico, que emana do “prana”, da vibração vital que enche o Universo.

Para ouvir tal som, você deve se aproximar o mais
possível da profundidade do seu Ser”.

Sathya Sai Baba

O autoconhecimento é uma travessia das regiões áridas da ignorância e caminhos inóspitos do medo, para encontrar oásis interiores de revelações libertadoras; embora estejamos sempre sujeitos as miragens e enganos durante o caminho.

Conhecer quem somos verdadeiramente é caminhar em direção do Si mesmo, o Self.
Para isso devemos estar dispostos a questionar o conhecido e entrar no desconhecido.

No decorrer das descobertas vamos aprender a abrir mão, desatar vínculos e certezas, enfim, dissolver o que ficou cristalizado dentro de nós.

Se tomarmos a Bíblia como orientação veremos que o homem ao ser criado teve como nome uma incógnita e um convite.

“Adam” em hebraico significa “terra fértil”, “terra argilosa”, e segundo a exegese talmúdica ele carrega consigo um questionamento essencial.

Quem sou eu?

No oráculo de Delphos está escrito:
“Homem conhece-te a ti mesmo”.

A pergunta expressa a nossa perplexidade diante da existência e o convite incisivo nos incita para conhecer a maravilha de ser humano, usufruir o milagre da vida e provar dos suculentos frutos da expansão da consciência pelo autoconhecimento.

A auto indagação cotidiana requer respostas sempre renovadoras, que levam a novas indagações e constituem o processo dinâmico do autoconhecimento na busca da autorealização.

Em todas as culturas e tradições espirituais de todos os povos existe a busca da experiência transcendental, ou luminosa, como dizia Carl Gustav Yung.

Todos ansiamos por uma experiência que rompa couraças emocionais e que nos conecte com a pura expressão do amor, Deus.

Desde as mais remotas eras, o homem tem essa sede de se aproximar do Criador e Nele se perder e se encontrar.

Do Verbo nasce a sinfonia universal que se propaga e reverbera constantemente traduzindo os diversos nomes de Deus e recriando mundos.

O circuito sagrado da vida é formado de vibrações e ressonâncias. E os sons da vid a se enraízam no Som Primordial e deste se originam todas as formas animadas e inanimadas.

Podemos dizer que somos luz e som em constante vibração e ressonância com tudo que se manifesta na Terra e no universo.

Por isso encontramos em todas as Tradições sons mantricos, nomes sagrados e orações a fim de auxiliar a mente a conectar-se com o sagrado som primevo.

No principio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”(João 1,1).

OS SONS SAGRADOS NAS TRADIÇÕES

Na Índia, a escolha e a repetição de um dos nomes de Deus é chamada pelos iogues “namasmarana” e segundo eles é uma pratica que acalma a mente e preenche o espírito de divina bem-aventurança.

Em todas as culturas existe o reconhecimento de uma dimensão essencial do ser humano e o nome de Deus falado ou cantado é o meio para atingir essa dimensão superior.

As escolas iniciáticas da antiguidade indicavam como exercício espiritual recitar diariamente os nomes e cantos sagrados como a linguagem adequada para o espírito falar com Deus.

E a antiga medicina sacerdotal do Egito e da Grécia considerava os cânticos, orações e mantras fontes curativas do corpo e da alma.
Mantra é uma palavra em sânscrito formada por “manas” (mente) e “tra” ( por meio de) que indica movimento.

Os sons mantricos conduzem a mente para a interioridade, e para o domínio do não-pensamento, da não dualidade onde não há seqüência lógica nem linearidade.

Desde tempos imemoriais o ser humano se vale da musica sagrada para curar o corpo e a mente e também para inspirar o desabrochar da beleza e da excelência humana.

Os egípcios, indianos, chineses, gregos, tibetanos, japoneses, caldeus e hebreus, assim como os indígenas norte americanos, os indígenas brasileiros e das Américas do Sul e Central, os aborígines da Austrália, Nova Zelândia, África e Polinésia sempre incluíram os sons sagrados nos seus rituais iniciáticos, e curativos e nas praticas espirituais em geral.

A mitologia Tupi na sua cosmogoni a afirma que o homem é o som que ficou em pé. Tupã, o Grande Som cria o tupi (o homem) pelo som, e o som toma forma humana.

O que sustenta o homem em pé é a flauta criada por Tupã, e que produz os sete sons, sendo que o ultimo é o silencio.

Os guaranis também harmonizam a energia vital através dos sons vocálicos.

Para alguns povos nativos ainda hoje o tambor ressoando e se propagando pelo ar anuncia rituais de transmutações e momentos de louvor arrebatando as mentes para novas estâncias de aprendizado.

Os sinos das catedrais, e os gongos dos templos budistas sacralizam a atmosfera quando soam, assim como o som dos cilindros de oração dos templos tibetanos.

O Pneuma, o Sopro Divino, se apresenta e se reproduz nos instrumentos de sopro e se espalha no ar e no éter renovando a vida.

As flautas dos aborígines australianos, conhecidas como “digiridus”, quando soam parecem acordar as viceras da Terra.

Os xamãs australianos utilizam esse som mágico para equilibrar os chakras e promover saúde e harmonia.

Os monges tibetanos e os índios do Xingu também tocam flautas longas consideradas sagradas, cujo som vibra nas profundezas do útero ígneo da Mãe Terra.

Na mitologia grega o som da flauta de Pã irmanava e despertava o amor em todos os seres da natureza.

Os chineses usavam na antiguidade fragmentos finos de jade aos quais chamavam de “pedras cantoras”, para produzir sons específicos que promoviam curas por vibração quando eram tocadas pela mão do paciente.

Um desses tons curadores denomina-se “kung”, que significa grande natureza, e na escala musical ocidental corresponde a nota fá ou fá sustenido.

Dentre os árabes sufis o som supremo é “hu” que representa a essência de Deus, Alláh, presente no homem e na mulher e em tudo que existe.

Os tibetanos consideram sagrados o fá sustenido, o lá e o sol. Os hindus têm outra escala musical cujas notas são sagradas emissões do OM, AUM, que é considerado o som dos sons, o Pranava, o Som Primord ial, de onde nascem todos os demais sons.

No hinduismo a nossa anatomia sutil é constituída de centros de força denominados chakras e cada um desses centros vibra em determinado tom e cor.

Esses centros estão distribuídos energeticamente ao longo da coluna vertebral e por ressonância atuam no nosso corpo físico.

Visualizar a cor do chakra e cantar o som que lhe corresponde cura o corpo e a mente. Os indígenas costumam usar as vogais para alinhar os centros energéticos que compõem o corpo sinestésico, que é a denominação cientifica ocidental do sistema de chakras.

Na Cabala mística esses centros são ativados e alinhados pela recitação dos nomes de Deus.

Nos Vedas, escrituras sagradas hindus, os versos obedecem a métrica e ritmo considerados sagrados, e quando cantados emitem diferentes vibrações e ressonâncias, algumas delas de cura corporal e espiritual e outras capazes de provocar manifestações físicas desde formas geométricas até mesmo materializações de objetos ou acionar a manifestação dos elementos da natureza.

Os antigos essênios sujo nome deriva de “asaya” que significa curador, medico, eram iniciados nos sons e nomes sagrados judaicos e nos segredos das energias da natureza e vibrações das correntes magnéticas, elétricas e telúricas.

Os caldeus usavam os Tumim, esculturas vazadas que serviam de oráculo sonoro. As mensagens do universo chegavam com a voz do vento atravessando as cavidades das esculturas e então o sacerdote traduzia as nuances dos sons e os seus significados.

Os judeus e cristãos conferem a palavra “Amem”, o poder de manifestar na matéria o poder de Deus.

No Egito antigo a palavra Amen ou Amon tinha o mesmo poder. Segundo alguns papiros, durante a construção das pirâmides um coral de vozes humanas acompanhado de instrumentos fazia da musica um tipo de alimento energético para o corpo e balsamo reconfortante para a alma dos trabalhadores.

Na Grécia, Orfeu, mestre, músico, poeta, e hierofante dos Mistérios de Dioniso era u m interprete dos deuses e curava as pessoas cantando e tocando sua lira de ouro produzindo sons em sintonia vibracional com a música das esferas.

O sábio grego Pitágoras criou as oitavas da atual escala musical para comprovar a relação do som por elas emitido e os princípios matemáticos e geométricos do universo.

Aristóteles ofereceu a humanidade a teoria da propagação do som pelo ar.

Na antiguidade a educação dedicava muita atenção ao conhecimento musical e a iniciação nos sons sagrados. Nós sabemos que tudo na vida é ressonância e que educação é ressonância basicamente.

Atualmente algumas propostas pedagógicas retomam o caminho da musica e das artes em geral como a maneira de reencontrar a Verdade, a Beleza e o Bem.

A integração do conhecimento e a promoção de sabedoria trazem por ressonância Deus de volta ao mundo. Para demonstrar o princípio da ressonância basta um diapasão e um piano.

Qualquer um pode experimentar; basta tocar o dó maior central no diapasão e levantar a tampa do piano, depois tocar com suavidade as cordas e perceberá o dó central vibrando.

Os sistemas que constituem nosso organismo reagem da mesma maneira, as diversas freqüências sonoras atuam no nosso corpo e alteram a nossa bioenergia. Isso acontece pela ressonância vibratória.

Reagimos ao som e sua vibração de maneira positiva ou negativa.

Consonância ou dissonância. Um grupo de pessoas se afina por meio de ressonância harmoniosa e se repele por dissonância.

Objetivos comuns e freqüência equilibrada de pensamentos, e timbre de voz constituem o diapasão da emissão de energia bioelétrica e eletrônica que aproxima ou distancia as pessoas umas das outras.

Porém, a dissonância quando utilizada adequadamente é importante para a superação de problemas físicos e emocionais levando os órgãos dos diversos sistemas do organismo a reencontrar sua higidez e funcionar normalmente.

No acorde dissonante existe um espaço vazio, uma transição, é onde transformações podem acontecer.

Nosso corpo físico assim como o universo é o som que criou forma e como ele vibra, ressoa e se expande.

Denomina-se diapasão a altura do som determinada pela velocidade de sua vibração.

Descobrir o próprio diapasão e o tom, timbre, ritmo e melodia da nossa fala são fatores muito importantes para o autoconhecimento.

Nossa voz revela quem somos, quando falamos criamos som, ritmo, melodia e harmonia ou desarmonia onde antes só havia silencio.

É preciso ter consciência do poder das palavras e da intervenção energética causada por elas.

Além do mais as palavras são dotados de poderes energéticos criadores e podem nos ajudar a estabelecer um dialogo entre mentes e almas para transformar e ou recriar realidades.

O PODER DA PALAVRA

Falar é um parto sonoro que permite a manifestação do pensamento e do sentimento pela emissão de sons organizados, modulados e movidos pela vontade, direcionados pela intenção.

A intenção é a alma da vontade, e concede brilho e força construtiva ou destrutiva as palavras.

As consoantes e as vogais agem de maneira complementar na formação das palavras.

As vogais vibram e criam campos energéticos pelas emoções e as exprimem.

Isso é fácil de perceber, por exemplo: quando alguém se machuca diz: “Ai, ou Ui”, quando algo nos causa admiração dizemos OH!, AH!, etc.

As consoantes por sua vez agem no intelecto e concretizam idéias.

Quando unimos consoantes e vogais ativamos células germinativas das cordas vocais e dinamizamos o poder criador da palavra.

Nosso corpo musical é formado por vibrações que poderíamos denominar canto e dança das células. A escala musical é uma escada sonora e as oitavas são os degraus para ascender a dimensões mais elevadas de consciência. As mesmas notas quando tocadas uma oitava acima ficam muito mais intensas e definidas.

Os sons vocálicos harmonizam e curam. Mesmo os sons dissonantes, ou desafinados que inicialmente agridem nossos ouvidos, vibram em busca de um sistema de organização sonora que gere uma nova harmonia, um novo padrão.

O som tem poder harmonizador ou desarmonizador, e as palavras constroem ou destroem, por isso é tão importante saber sobre o poder da palavra.

É preciso aprender a falar consciente da intenção que orienta o que estamos dizendo e saber que muitas vezes uma palavra pode ferir alguém mortalmente, ou abrir feridas de difícil cicatrização, mas também pode ser um carinhoso meio de aquecer o coração com ternura, iluminar a inteligência e inspirar bons pensamentos e idéias claras que abrem possibilidades para o bem e a harmonia entre as criaturas.

A palavra certa, dita da forma certa, na hora certa, para a pessoa certa prepara e fertiliza o terreno para a semeadura de autotransformações.

A palavra traduz as variadas expressões da inteligência humana e quando ouvimos a voz do coração antes de falar construímos pontes e derrubamos muralhas entre pessoas e culturas, aproximamos as diferenças reconhecendo o que temos em comum e assim enriquecemos nossos relacionamentos interpessoais.

O SOM E A EXPERIÊNCIA MÍSTICA

Segundo algumas correntes iniciáticas do cristianismo a “porta estreita” a qual Jesus se referiu é a garganta, o portal estreito que conecta o intelecto ao coração, e o corpo é a base e a estrut ura do templo.

O intelecto seria o observador e avaliador de tudo que é exterior no e ao templo e o coração o altar mor, o santo santorum no interior do templo, o lugar onde Deus se instala.

Cânticos, orações, mantras, musicas e palavras sagradas são formas de dialogar com a alma e unificar o corpo a mente e o espírito e atingir plenitude.

Os sons sagrados permitem o alinhamento da consciência com o padrão do Som das Esferas e criam novas conexões com aspectos mais sutis da inteligência pela sintonia com fontes de criatividade dos sistemas sonoros organizacionais da Fonte Primordial.

Existe diferença entre falar o nome sagrado e cantar o mantra, entre cantar simplesmente sem concentrar sentimento e intenção e cantar focando intenção e sentimento.

A intenção e o sentimento direcionam a energia porque determinam o foco e criam no corpo, na mente e na alma uma postura de alinhamento receptivo.

A razão então é fecundada por revelações.

Antes de assumirmos a forma física o universo nos acalenta e alimenta com os sons da eternidade e desde que somos concebidos, os sons que ouvimos no ventre de nossas mães, o ritmo do coração dela em consonância com o nosso compõem a melodia que harmoniza e integra criador e criatura.

Toda vida se manifesta basicamente como som.

No ventre materno ouvimos o primeiro mantra e percebemos nuances sonoras que nos sintonizam com o mundo interior e exterior.

No Mahabaratha, uma escritura sagrada do hinduismo está registrada numa passagem a interação sonora entre Arjuna e seu filho Abimaniu quando este ainda era um feto em formação.

Narra a escritura que o príncipe Arjuna explica uma tática de guerra diante de sua esposa grávida; e seu filho, muitos anos depois declara saber executar a estratégia que somente seu pai conhecia.

Quando lhe perguntaram como isso foi possível ele afirmou ter ouvido diretamente do pai enquanto ainda estava no ventre da mãe.

Não faz muito tempo a ciência moderna descobriu que o feto interage com a mãe e com o meio exterior e o quanto é importante a escolha dos lugares que a gestante freqüenta e do que ela ouve devido a capacidade do feto de registrar informações, ensinamentos e emoções.

É notório que um recém nascido se acalma ouvindo a voz da mãe e como se entrega inteiramente quando sua mãe o carrega no colo e aproxima sua cabeça do seio dela.

O som e o ritmo íntimo e acalentador dos batimentos cardíacos da mãe tranqüiliza o bebê e lhe confere segurança, comunhão e paz.

A criança reconhece o som e a consonância rítmica como maneira de dialogar amorosamente com a vida.

O som sagrado nos conduz naturalmente para a harmonia e nos induz a experiências místicas. Como o som está em tudo, os hamonicos atravessam o “vacuum” o vazio e o não-vazio, ele aproxima as diferenças e evidencia o que temos como afinidade.

Em todas as Tradições os sons sagrados estão ligados a experiência mística transformadora.

A universalidade do poder do som e dos conteúdos das experiências místicas profundas demonstra que toda experiência espiritual transformadora resulta da comunhão com a totalidade e é concebida pela união do homem natural e intelectual com a divindade imanente, Deus.
 
OS PRINCÍPIOS SAGRADOS DO SOM

Existem três planos nos princípios sagrados dos sons.

O primeiro é o ritmo que provem dos movimentos do universo, depois a melodia que integra a mente ao mundo e ao universo , e nos integra na e com a natureza.

E por fim a harmonia, o poder espiritual universal que estabelece o relacionamento entre todos os seres da criação com o Criador.

O ritmo em especial sempre desempenhou papel de destaque nos rituais das diversas Tradições.

Marcações rítmicas específicas atuam diretamente no sistema nervoso, provocam alterações nas ondas cerebrais e conduzem a experiências de êxtase espiritual.

Os efeitos subjetivos dos sons mantricos se originam do “shabda” (som sagrado em sânscrito) e ao ouvir um mantra sagrado, nã o importa de qual tradição seja, sentiremos o seu poder unificador.

O ar é o veículo do “prana” para os hindus, “chi” para os chineses, ou “maná” para os judaico-cristãos, ou seja, a energia vital, e o espaço, (akasha) é o veículo do “shabda”, o poder da Musica das Esferas, o som sagrado.

A Musica das Esferas difunde seu poder pela ressonância de sons arquetípicos cujos matizes são reconhecidos por todos os seres vivos, animados e inanimados.

O anseio humano de transcendência revela que afinal a nossa união com Deus nunca foi interrompida, apenas a perdemos de vista devido a identificação com a matéria que tem os cinco sentidos como a fonte única de informação sobre nós e o mundo.

No entanto somos seres multissensoriais e não apenas penta sensoriais, e o som sagrado desperta e ativa os nossos sentidos interiores e nos conecta com a alma.

Para vivermos a plenitude do poder do som sagrado temos que reconhecer primeiro que temos alma, e procurar saber o que ela é e o que quer e o quanto o contato com ela influenciará nossa compreensão do sentido de estar vivo.

Quando descobrimos que a alma é o traço de ligação com o espírito imortal e que a limitação imposta pelos cinco sentidos gera carências e impede nosso contato consciente com ela, nos tornamos multissensoriais e começamos a receber intuições, premonições, e aprendemos a conhecer intenções ocultas por traz de gestos e palavras e compreender tudo isso como mensagens do espírito através da alma.

Os sons e seus princípios sagrados são veículos de aproximação entre a mente concreta fragmentada e a plenitude da mente superior abastecida pela inspiração divina.
 
OS INSTRUMENTOS E OS SONS CURADORES

Os instrumentos de percussão despertam energias adormecidas e alteram o estado de consciência.

No corpo físico o som e ritmo de instrumentos de percussão atuam no baço e nos chakras básico e esplênico.

Os sistemas circulatório e nervoso também são ativados, assim como as glândulas supra renai s e a sexualidade.

O chocalho, ou maraca é um instrumento usado pelos xamãs siberianos e indígenas porque tem o poder de liberar energias negativas alojadas no corpo e na mente e é, portanto, portador de sons purificadores.

Já a melodia estimula o relacionamento entre diferentes campos energéticos, pois é em si um conjunto de relações sonoras.

Os instrumentos de cordas atuam nas emoções e os instrumentos de sopro despertam energias espirituais.

Nós sabemos por experiência quanto uma melodia atua subjetivamente e causa oscilações de animo.

A melodia pode nos irritar, excitar, trazer memórias à tona, comover, entristecer ou nos alegrar, ajudar a relaxar, refletir e superar problemas, etc.

Uma melodia suave e estruturada de maneira harmoniosa acalma, acolhe e embala homens, animais e plantas num berço sonoro de paz.

A harmonia nos oferece o caminho das transformações porque por meio dela alteramos configurações, elevamos ou diminuímos, adaptamos e diferenciamos tanto condições orgânicas quanto estados de espírito.

A harmonia espiritual e física vai se estabelecendo através de uma sintonia fina com a natureza e seus sons e nos conectamos com níveis mais elevados de percepção consciente e inconsciente.

Os sons do silencio permeiam todos os espaços porque são os sons inerentes a vida.

A música revela e altera campos e impulsos eletromagnéticos tanto de pessoas quanto de ambientes.

Os sons sagrados emitidos com amor e reverência reverberam no ambiente e na atmosfera curando pessoas, pela sintonia plena com a natureza, o planeta e o universo.

Sabemos o quanto a poluição sonora nas grandes cidades e a tagarelice interior dos nossos pensamentos e impulsos desorganizam nossas emoções e causam desequilíbrio energético que resultam em doenças.

Cantar orações e mantras, repetir os nomes sagrados de Deus nas diversas tradições espirituais ajuda a construir ilhas de paz e cura no espaço tempo.

O mantra tem o poder universal de ultr apassar fronteiras da razão e permite a comunicação com nosso ser profundo porque nos liga diretamente com o sagrado ilimitado, ultrapassa barreiras racionais e psíquicas, e nos aproxima do Divino independente do nome que cada religião adote para nominar o que é Inominável.

Sobre a autora:

MariluMartinelli: Atriz. Jornalista.Escritora. Conferencista Internacional. Educadora Especialista em Educação em Valores Humanos. Professora de Mitologia Universal e Filosofia Oriental. Especialista em e Universidade Católica de Arequipa-Perú. Consultora Educacional e Empresarial para Desenvolvimento Humano. Professora Convidada da UNIBEM, UNIPAZ, Universidade Federal de Lima e Universidade Católica de Arequipa-Perú. Consultora Empresarial para Formação de Lideranças em Valores Humanos.

Email: gayatriml@hotmail.com

Site: http://marilu.martinelli.nom.br
Fonte: http://institutoseva.
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